Whats up guuuys?! :)
Ontem completou 2 meses que o meu segundo ICP acabou... How the time goes fast! Queria ter postado algo aqui, mas foi um dia muito corrido com a faculdade + 2 estágios + prova... Enfim, não deu. =/ Mas hoje decidi fazer um post diferente: vou explicar os roles Merchan e Attractions, compará-los e vocês escolhem o preferido. Já digo que gosto dos dois do mesmo jeito! =)
Minhas positions como Attractions na SOAT eram:
- Test Vehicle -> ficar próximo à entrada, na frente do teste de assento. Auxiliava no teste, que não era obrigatório, mas ajudava às pessoas que eram claustrofóbicas a sentirem se podiam ir. Era também interessante para saber se a pessoa se sentia confortável no assento, já que ele não era muito grande. O chato era dizer para a pessoa que ela não caberia no assento (quando acendia uma luz vermelha) ou quando se sentia mal quando eu descia o painel (o qual mostrava o visor do simulador)... Na maior parte das vezes eu explicava o que era a atração e dizia que ali era só um assento (it does not do ANYTHING, it does not move, ok? J), que a atração real ficava próxima e ajudava às crianças que queriam tirar foto nos assentos. Era uma position super tranquila, adorava ficar lá, pois conversava bastante com os guests e co-workers. Por ser uma position que não envolvia segurança, podia usar a lenyard (trocar os pins – geralmente eu ficava com a “mão” do meu Boss saudando os guests... hehe adorava fazer isso!).
- Greeter -> ficar na entrada checando a altura, pois a minha atração tinha como exigência ter no mínimo 48’’ (inches é uma medida americana para altura) para entrar e 54’’ para virar de cabeça para baixo (daí recebia o cartão vermelho). Menor de 48’’ não entrava nem na fila (e isso era muito sério). Entre 48’’ e 54’’ podia ir, mas recebia um cartão roxo pra indicar que não iria virar. Nessa posição eu também organizava a fila e arrumava o horário de espera (wait time) de acordo com o número de pessoas que eu percebia esperando. Era uma position relativamente tranquila (podia conversar bastante com os guests), exceto quando eu não podia permitir a entrada das crianças com altura inferior a 48’’... L Tensa essa parte.
- Pre-show -> Medir as crianças novamente pra ter certeza de quem podia ir na atração e quem podia ir de cabeça para baixo. Depois de ter certeza das alturas, entregava um cartão vermelho para cada pessoa maior de 54’’ e as crianças que tinham entre 48’’ e 54’’ ganhavam um cartão roxo. Gostava muito dessa position, pois conversava muito com os guests, explicava a atração (que logo viria um filminho de 4 minutos e depois a criação da ride em 4 minutos também). Na verdade, essa é a position que permitia maior guest interection... Os guests esperavam na fila para o próximo show e, enquanto eu perguntava “How many in your party?”, conversava sobre outras atrações, outros parques, da onde o guest vinha... Amava isso!
- Designer -> Minha position preferida! ♥ Receber os guests “engeneears” depois do vídeo do pre-show dizendo uma saudação e orientando com os números de cada um (podia ir sozinho ou em dupla) para as mesas de criação. Depois que cada um achava sua mesa, eu auxiliava na criação das rides. O primeiro passo era escolher o idioma (tinha Português o//), depois passava o (s) cartão (ões) para salvar a ride no cartão e depois começa a criação. O guest tocava (o painel era touchscreen) na opção preferida de ride (tinham 3: bobsled, roller coaster e stuntjet/jet plane), escolhia cada ‘maneuver’ e podia mudar a altura, a largura e a velocidade. Depois de escolher o nome da sua ride, o guest seguia para a plataforma A ou para a B. Nessa posição também usava o elevador, caso uma pessoa com cadeira de rodas necessitasse, com a ajuda do Grouper.
- Grouper A e Grouper B -> Chegando na plataforma A, o grouper recebe o guest (o mesmo ocorre na plataforma B, com o grouper B). Para mim, essa era a position mais difícil porque pedia ao guest para tirar tudo que tinha no bolso e colocar no locker. Nem sempre eles tiravam tudo e no meio da atração algo caía na plataforma (o que às vezes gerava um problema, pois dependendo do que caiu só poderíamos chegar até a plataforma quando fechasse a atração). Além de ajudar com os lockers e depois entregar a chave para o guest, eu passava o cartão (que eles ganharam na fila do pre-show), confirmava o nome da ride e quantas vezes virava de cabeça para baixo e pedia pra esperar na letra A ou B. Eu tinha que falar muitas informações em pouco tempo e quase sempre era super corrido. Assim que eu terminava de falar com um guest, já corria pra receber o outro e assim seguia... Por isso, era a position que eu menos gostava e fiquei rouca logo no começo do programa por causa dela. Eu também tinha que avisar que na plataforma que era proibido tirar foto/filmar, por questões de segurança. O mais complicado dessa position, na minha opinião, era agir rapidamente quando um robô quebrava e ficar de olho pra ver se nenhum guest levava a chave do locker sem querer. A chave ficava com ele (no pulso) durante a atração e quando o guest pegava suas coisas no final, às vezes esquecia de devolver a chave, se a gente não pedisse... Isso acontecia de vez em quando e sempre causava problema pra gente. Por sorte, nunca aconteceu comigo, mas já vi acontecer quando eu estava no robô. O grouper tem que ajudar as duas pessoas que estão no robô com qualquer emergência que venha a ocorrer, já que quem está no robô só pode ter atenção às câmeras.
- Robo 1, Robo 2, Robo 3 e Robo 4 -> Controle dos robôs, abria e fechava a trava de segurança dos robôs, apertava os botões e ficava de olho no monitor para parar a atração em qualquer emergência. Essa posição doía muito os braços depois de abrir e fechar os robôs repetidamente. Tinham 2 plataformas, com o total de 4 robôs. Em todos os passos até chegar aqui nós podíamos checar a altura da criança se desconfiávamos que tivesse menos de 48’’. Além dessa regra, havia outra muito importante: criança menor de 7 anos precisava de um acompanhante maior de 14 para poder ir na atração. Essa era a position que mais exigia atenção e segurança: não podíamos tirar o olho do monitor enquanto houvesse guest na ride. Se alguém passasse mal, parávamos o robô na hora.
Usávamos o telefone ou o rádio para nos comunicarmos com CM de outras positions, com os coodinators ou com os managers. Assim, se algo de errado ocorria, tínhamos que agir rapidamente e usávamos os meios eletrônicos e uma combinação de códigos para nos ajudarem.
Minhas positions como Hostess eram:
- Illuminations: colocar as cordas para limite de área. Havia 5 positions: West Safety, East Safety, West Ramp, East Ramp e Planters. Eu adorava ficar em todas elas, principalmente as ‘Ramps’. Trabalhar no Illuminations foi uma das melhores experiências do meu segundo ICP. Pude conversar com diversos guests e passar por momentos mágicos com eles antes do show começar. Minha função era basicamente organizar a área e entreter os guests. Amava conversar com os animados grupos brasileiros de excursão. Pratiquei bastante o espanhol com os grupos de argentinas. Além de poder conversar bastante, eu conseguia assistir grande parte do show (claro que tinha que ficar de olho pra ver se ninguém invadia a área que não podia). Uma das melhores partes também era ser greteer no palquinho, ou seja, dar tchau (usando a mão do meu boss *.*) pros guests quando o Illuminations acabava (e o parque fechava) no palco principal, perto da entrada/saída do parque. Ficava com a equipe de Illuminating + Custodials dando “tchau”, “see ya real soon”, “thank you for coming!”... Era maravilhoso poder agradecer e escutar tantas palavras positivas em troca. O clima era maravilhoso nesse momento. A energia que recebíamos era de pessoas que tiveram sonhos realizados no parque durante o dia e agradeciam a gente pelos momentos que passaram. Cada dia que trabalhei no Illuminations vai ficar pra sempre no meu coração.
- Tip Board -> uma das minhas positions preferidas! Sério, quando eu ia ao computador pegar um novo assignment (o que nos dava uma nova position) e vinha: Daniela, please GO to TIP BOARD 1... EU AMAAAAVA! Lá eu dava informações do parque, das atrações, das lojas, dos restaurantes... Os guests perguntavam qualquer coisa e tínhamos que fazer o possível para ajudá-los. Eu ficava sempre com uma bolsa de bottons comemorativos e, sempre que podia, com as lenyards para trocar pins e com a “mão” do Mickey. Era uma posição muito divertida. Tirava muitas fotos dos guests. Conversava e interagia com pessoas do mundo inteiro. Entregava mapa do parque e de horários para os guests e informava quando tinha Extra Magic Hours. No final do programa eu já tinha o mapa do Epcot na minha cabeça. Sabia explicar sobre todas as atrações e como pegar o ônibus para chegar no Downtown Disney, por exemplo. Eu adorava aprender mais sobre o Epcot e sobre a Disney, em geral. O Tip Board ficava no meio das duas Innoventions, bem próxima a entrada do parque. Algumas vezes, quando eu tinha task, ia pra lá também.
- The Great Piggy Bank Adventure -> Greeter, Save it, Diversification e Weigh In eram as positions. Essa era uma atração principalmente para crianças. No jogo, você passa por 4 etapas: na primeira, você escolhe uma meta para o porquinho, na segunda “salva o dinheiro”, na terceira diversifica os lugares de guardar o dinheiro e na quarta descobria se ajudou o porquinho a conquistar sua meta. Era bem divertido trabalhar lá!! A posição mais difícil era a de greeter, pois ficava na entrada da attraction e explicando várias vezes como ela funcionava.
- IMB (patrocinadora)-> Run time! Um jogo de vídeo game super divertido. Pode-se brincar sozinho ou com um grupo. Essa atração tem 2 etapas: na primeira são tiradas fotos do guest (ou do seu grupo) pulando, correndo e dançando e depois essas fotos viram personagem de um jogo de vídeo game! Na segunda etapa o guest joga o jogo no qual ele é a estrela. Era muito engraçado ver o pessoal dançando e eu me divertia muito vendo eles rindo das imagens. Tinham 2 positions: Greeter e Exit.
- UL -> De todas as minhas atrações, essa era a que eu achava mais cansativa por ser, digamos, mais “parada”. Não passava muitos guests e não era propriamente uma atração. Na verdade, era uma espécie de laboratório de testes. Havia um show do Timão e Pumba sobre Safety at Home bem legal pras crianças e eu ajudava divulgando para os guests. Era uma área muito barulhenta, então a maior parte dos CM não gostava muito de ficar lá. Eu adorava fazer magical moments com os Junior Safety Inspector: eu escolhia uma criança (geralmente menino) e ele era o inspetor do dia, me ajudando a testar as provas... Os meninos adoravam!
Resumindo, ser attraction me proporcionou uma visão diferente das atrações. A segurança de todos é o nosso principal preocupação. Ponto negative desse role: dependendo da position e da ride, pode ser BEM repetitivo. Na minha position de Robo, algumas vezes fazia bem automático os passos de fechar a trava, fechar o portão e ligar os botões. Apesar disso, há positions de greeter que são ótimas para conversar com os guests (em várias línguas) e esse contato com as pessoas é maravilhoso. Momento tenso para atraction: quando a ride pára ou tem algum problema. Até ser consertada, temos que agir da melhor forma possível para que ninguém fique chateado, muito menos machucado. Essa responsabilidade de attractions é muito grande, já que as atrações formam um dos principais motivos que os guest procuram quando visitam a Disney.
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Coworkers da SOAT |
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No palquinho, dando "tchau" para os guests depois do Illuminations - momentos inesquecíveis! |
Como Merchan, eu tinha as positions:
- Na Rock’n’roller coaster: Register 1, 2 ou 3 (ficar no caixa), Photo 1, 2, 3 ou 4 (vender as fotos da ride) e Cart (loja do lado de fora), Preview (anotando os números das fotos) e as taks (estocar algo, arrumar cabides/pins/óculos/bonés...). Eram poucas posições, comparando com attractions ou lojas grandes. As minhas positions preferidas eram Register ou Photo. Na register a gente tinha que ficar fora do “balcão” quando não estávamos vendendo algo. Na photo era muito divertido ver as caretas que o pessoal fazia com medo da montanha russa. Ria muuuuuuito com os comentários dos guests ou as caras de espanto. Eu AMAVA trabalhar na Coaster, era a minha loja preferida.
- Tower of Terror: Register 1 e 2, Photo 1, 2, 3 e 4, Preview e as mesmas tasks do Coaster. Também gostava muito de vender as fotos ou ficar na registradora. Na loja observava que ou os guest saíam amaaaando ou odiaaando a ride. Quem amava, adorava a adrenalina e o frio da barriga da queda do elevador (que por sinal nunca é igual) e comprava bastante na loja. Quem odiava, queria sair logo dali e geralmente não comprava nada... hahaha. Eu gostava muito da Tower, apesar do medo que tinha da queda (hoje não tenho mais). Não tinha música ambiente na loja e isso deixava o clima um pouco monótono, pois a Coaster tinha uma energia muito empolgante com as lindas músicas do Aerosmith. Não tinha loja fora e a position Preview era a mais odiada pelos CM (eu não odiava taaanto, mas não era a preferida) por ser muitooo parada. O estoque era pequeno, assim como o da Coaster, então era fácil de encontrar os produtos. Havia uma variedade maior: de camiseta a creme, de caneca a roupão, de livro a Vinylmations (trocávamos também)... Na Coaster era basicamente camisetas, baquetas e outros acessórios.
- Fantasmic: Haviam muitas positions, mas não tinha rotação durante o dia. Geralmente eu ficava ou na frente do chapéu (com o carrinho vendendo váriooos brinquedos que iluminavam) ou perto do Toy Story ou dentro do teatro. Minhas positions preferidas eram a ‘Mickey’ e a ‘Dragon’: as lojinhas na entrada do teatro. Lá era bem mais tranquilo fazer a contagem de dinheiro (isso era o mais tenso com os carrinhos) e eu me divertia muito saudando os guests com bolinhas de sabão ou acenando com a “mão do Mickey”. J Para trabalhar vendendo com os carrinhos, fizemos o treinamento de Cash Handling, pois o dinheiro era levado conosco na pochete e tínhamos que dar o troco na hora (sem calculadora nem nada... peeeeeensa o tanto que ralei para aprender a dar o troco certo rapidamente hahaha).
Resumindo, ser merchandise era maravilhoso, pois é uma role que permite guest interaction quase o tempo todo e ainda te deixa bem livre. Não tinha position repetitiva, o máximo que tinha de repetição era a venda no Matra... Mas isso não cansava. Ponto negativo: dependendo da loja, repor o estoque pode ser bem cansativo e há shifts SÓ para estoque, ou seja: guest interection quase zero. Além de ser uma grande responsabilidade trabalhar com o dinheiro (só não é maior do que trabalhar com a segurança da atração).
Bom, poderia ficar escrevendo muito mais sobre esses roles... Tenho experiências maravilhosas como Merchan e como Attractions, por isso defendo as duas igualmente. São experiências distintas, mas cada uma tem seu lado positivo e negativo. Fica a dica para os próximos CM: aproveitem sempre o lado positivo seja de qual role você for e releve o negativo. Sempre há algo que vai te deixar cansado, seja carregar caixas pesadas ou fazer o mesmo movimento mil vezes ou ficar quase neurótico contando o dinheiro ou dizer os mesmos spills inúmeras vezes (sorte que eu não tinha discursos grandes hehe), mas sempre há momentos felizes e divertidos!
And always remember:
“ In every job that must be done, there is an element of fun!” *.*
Beijos a todos and see ya!